Uma travesti de 43 anos, que tinha passagens pela polícia por tráfico de drogas e era acusada de ter matado o companheiro, foi encontrada morta por familiares na cozinha de um quitinete na Avenida Cedro, no bairro Ipê, na Zona Norte de Macapá. A vítima foi identificada como Jeferson Pinheiro de Oliveira, cujo nome social era “Sarita”.
Segundo relatos de parentes e vizinhos, Sarita foi vista pela última vez na noite anterior e, estranhamente, não deu mais sinal. Moradores da redondeza afirmaram ter ouvido gritos e latidos de cachorro, mas, devido às fortes chuvas, não conseguiram verificar o que estava acontecendo.
Preocupada com a ausência de Sarita, a família decidiu ir até a residência dela. Ao chegar no local, encontraram a porta da frente aberta, embora a grade estivesse trancada com um cadeado. Os militares do 2º Batalhão de Polícia Militar isolaram a área até a chegada das equipes da Polícia Civil e Técnico-Científica.
O delegado Paulo Roberto Moraes, da Delegacia de Homicídios, esteve presente no local e inicialmente considerou o caso como um latrocínio, em que o criminoso mata para roubar. “Ela foi encontrada caída na cozinha, com apenas um ferimento na cabeça, de acordo com a perícia. Recebemos informações de que ela possuía televisão, telefones celulares e joias, porém esses objetos não foram encontrados”, afirmou o delegado.
QUEM ERA SARITA?
Sarita era uma travesti bastante conhecida pelo envolvimento com o tráfico de drogas, o que a levou a cumprir pena na penitenciária. Em 2020, ela foi alvo de uma tentativa de homicídio na Zona Norte da cidade, quando foi baleada três vezes por dois indivíduos em uma motocicleta. A motivação do ataque teria sido a disputa pelo controle da venda de drogas. No ano passado, ela foi acusada pelo assassinato do próprio companheiro, A vítima, de 23 anos, foi morta com golpes de faca na residência onde viviam no bairro Jardim Felicidade II.
