Um advogado criminalista foi preso na manhã desta quarta-feira (25), perto do Fórum de Macapá, acusado de atuar como uma espécie de “mensageiro” de uma facção criminosa que age dentro e fora dos presídios. Segundo a Polícia Civil, ele levava e trazia recados de chefes do crime sobre tráfico de drogas, armas e movimentações financeiras.
O preso foi identificado como Marlon Rodrigo Santana Melo, de 43 anos. A prisão aconteceu durante a Operação Nuntius — nome em latim que significa “mensageiro”. A ação foi comandada pela Divisão de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), que cumpriu um mandado de prisão preventiva e dois de busca e apreensão.
De acordo com o delegado Estéfano da Silva Santos, Marlon já estava sendo investigado há alguns meses. “Ele repassava ordens dos líderes da facção e também colhia informações sobre o tráfico e o dinheiro movimentado pelo grupo”, afirmou o delegado. Na operação, foram apreendidos documentos, celulares, notebooks, agendas e anotações que podem ajudar nas investigações.
O MENSAGEIRO
Essa não foi a primeira vez que o advogado apareceu sob suspeita. Há cerca de um ano e meio, ele já tinha sido flagrado por câmeras de segurança dentro da penitenciária de segurança máxima usando o interfone do parlatório para facilitar a comunicação entre um preso e pessoas do lado de fora. As imagens mostram Marlon usando o celular no fone do interfone, exibindo mensagens do WhatsApp para o detento, que conseguia ler, responder e até acompanhar conversas em tempo real.
Agora, Marlon será apresentado à Justiça em uma audiência de custódia ainda nesta quarta-feira (25), no Fórum de Macapá.
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