A Prefeitura de Macapá enviou, em regime de urgência, à Câmara Municipal o projeto de lei que cria o programa “Bolsa Aluguel Trabalhador”, voltado para 165 empreendedores do Shopping Popular, interditado para reforma. A medida tenta amenizar os prejuízos durante a obra, mas provoca críticas entre os feirantes, que se dizem deixados de lado.

O PL 034/2025-PMM, em seu art. 3º, prevê até seis parcelas de R$ 3.036,00 para 121 lojistas que trabalham dentro do Shopping Popular com vendas de acessórios, carregadores, capinhas e outros itens. Já os 44 feirantes de produtos perecíveis, como caranguejo, camarão e hortifrútis, receberão apenas uma parcela de R$ 2.277,00.

Segundo o projeto, o programa oferece um subsídio financeiro temporário para trabalhadores que terão suas atividades prejudicadas durante a reforma. O pagamento será usado exclusivamente para instalação provisória dos empreendedores.
DIFERENÇA GERA INSATISFAÇÃO
O Portal Ney Pantaleão conversou com feirantes que relataram sentimento de abandono. “A gente quase sempre é esquecido. Agora vamos ter que nos virar com uma única parcela? Imagina ficar sem o ponto de movimento no fim de ano e ainda ir para um local improvisado?”, desabafou um feirante.

Outro trabalhador comparou os benefícios e disse que o montante reservado aos feirantes é “muito abaixo” do recebido pelos demais.
O QUE DIZ A PREFEITURA…
A Secretaria Municipal de Planejamento informou que o gasto inicial deve atingir R$ 467 mil, apenas no primeiro mês, podendo chegar a mais de R$ 2 milhões em seis meses. A secretária do Trabalho, Desenvolvimento Econômico e Inovação, Marciane Santo, explicou que a diferença entre parcelas e valores ocorre porque os feirantes já terão um novo espaço garantido pela PMM — um ponto improvisado que começa a ser montado nesta terça-feira (2), próximo à antiga loja Yamada, no Centro.

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