O Amapá lamentavelmente figura na última colocação da mais recente pesquisa nacional do Ranking de Competitividade dos Estados que avaliou o desempenho das unidades federativas no quesito Segurança Pública. Esta posição, infelizmente, não é uma surpresa, uma vez que o estado é amplamente reconhecido como um dos mais afetados pela violência no país, conforme indicam os dados apresentados no Anuário Brasileiro de Segurança Pública (2022/2023).
Uma guerra declarada entre organizações criminosas que atuam no estado resulta em uma trágica média de aproximadamente uma morte violenta por dia. Os indivíduos se digladiam e conflitam principalmente em áreas periféricas, onde o tráfico de drogas impera. Em alguns casos chocantes, os criminosos chegam a registrar em vídeo as mortes cruéis de seus algozes. Normalmente as ordens para essas execuções partem de detentos condenados que estão cumprindo pena na penitenciaria do Amapá ou presídios localizados em outros estados do Brasil.
A avaliação no quesito Segurança Pública mostra o Amapá com os piores índices nas áreas de segurança pessoal, patrimonial e qualidade da informação de criminalidade e a atuação do sistema de justiça criminal. No levantamento do Centro de Liderança Pública (CLP), o item Segurança Pública recebe o maior peso (12,7%) entre 10 pilares temáticos que constituem o Ranking de Competitividade dos Estados. O pilar é composto por 10 indicadores. Sendo que o indicador Segurança Pessoal é o mais relevante devido ao impacto significativo que o crime tem na sociedade, por seus índices alarmantes e por dispor das medições mais confiáveis.
Ainda de acordo com a pesquisa do CLP, os estados mais bem classificados são Santa Catarina, Distrito Federal e Paraíba. Santa Catarina e Distrito Federal conseguiram manter suas posições em relação à edição anterior, enquanto a Paraíba subiu da 6ª para a 3ª colocação. O Amazonas apresentou o maior avanço no pilar de Segurança Pública, saltando 10 posições, passando da 24ª para a 14ª colocação.
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