A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) do Amapá esclarece que a ocorrência que resultou na morte do presidente do Sindicato dos Taxistas do Amapá (Sintaxi) na última sexta-feira (26) será alvo de investigação pela Polícia Civil e os militares do 1º Batalhão de Polícia Militar envolvidos na abordagem foram afastados de suas atividades das ruas.
O taxista Leandro de Souza Abreu, de 35 anos, foi morto durante uma abordagem policial na Travessa G, no bairro Muca, na Zona Sul de Macapá, após a PM receber denúncia sobre a presença de indivíduos armados dentro de um táxi, modelo versa, de cor branco, estacionado em uma área considerada violenta devido a muitas ocorrências de furto, roubo, homicídio e tráfico de drogas. O local é considerado perigoso, segundo o mapa termal da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). A polícia diz que teria havido um disparo de arma de fogo partido de dentro do veiculo, mas essa versão é desmentida por testemunhas.
Ontem (28), colegas e familiares da vítima bloquearam parte da Rua Jovino Dinoá em frente ao Comando-Geral da Polícia Militar (PM) do Amapá para chamar a atenção da população. Eles cobram justiça e apuração isenta para a morte do trabalhador do volante.
Na manhã de hoje (29), o comandante-geral da PM, coronel Adilton Corrêa, na companhia do comandante do 1º BPM, tenente-coronel Patrick Costa, e o corregedor-geral da PM, coronel Adamor Gonçalves, reuniram a imprensa para falar dos procedimentos adotados. Eles anunciaram o afastamento de todos os militares que estavam na equipe que atendeu a ocorrência e que eles serão alvo de investigação.
A SEJUSP também se pronunciou através de nota onde afirmou que “as perícias já foram requisitadas e os policiais envolvidos serão submetidos a procedimento investigativo da Corregedoria da Polícia Militar do Amapá, através de inquérito militar. E também será instaurado um inquérito policial no âmbito da Polícia Civil e serão investigadas as circunstâncias dos fatos”.
Além disso, afirma também, que “os policiais envolvidos foram afastados das atividades operacionais até o término das investigações. A Sejusp destaca que tem como missão preservar a ordem pública, mantendo os direitos fundamentais da pessoa por meio de políticas de controle da criminalidade e da violência, integradas com a comunidade e demais forças de segurança do Amapá, bem como se coloca à disposição para os devidos esclarecimentos”.