Advogada com 14 mandados de prisão é presa em terminal de passageiros em Santana, AP

Contra ela existem mandados de prisão em aberto, relacionados a crimes de estelionato, falsidade ideológica, uso de documento falso, entre outros.

Ney Pantaleão
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Militares da Companhia Especializada em Radiopatrulhamento Morotizado pertencentes ao 4º Batalhão da Polícia Militar prenderam, no terminal de passageiros do Porto do Grego, em Santana (AP), uma advogada considerada uma das maiores fraudadoras da Justiça Especial do Estado de São Paulo. A prisão ocorreu quando ela desembarcava de um navio procedente do estado do Pará, acompanhada do marido e de quatro crianças.

Advogada com 14 mandados de prisão é presa em terminal de passageiros em Santana, AP

Segundo a PM, a abordagem foi motivada por denúncia anônima. No momento da fiscalização, a mulher não apresentou qualquer documento de identificação, alegando que o deixara dentro do veículo transportado na embarcação. O esposo exibiu diversos documentos emitidos em diferentes estados do país, mas todos apresentavam indícios de irregularidade e não possuíam validação por QR Code.

Advogada com 14 mandados de prisão é presa em terminal de passageiros em Santana, AP

Encaminhada à sede da Polícia Federal, ela foi submetida a perícia papiloscópica. A análise das impressões digitais confirmou sua verdadeira identidade. Ela se chama Júlia Voltolini Caparroz e utilizava um documento falso em nome de Maria Júlia de Souza. As investigações indicam que contra ela há 14 mandados de prisão em aberto, relacionados a uma série de crimes de estelionato, falsidade ideológica, uso de documento falso, entre outros. Em razão dos crimes, a inscrição dela na Ordem dos Advogados do Brasil foi cancelada.

Advogada com 14 mandados de prisão é presa em terminal de passageiros em Santana, AP

CASO JÚLIA CAPARROZ
A advogada foi condenada por reter valores de indenizações obtidas em nome de pessoas que jamais a contrataram. A prática teria sido adotada em processos nos estados de São Paulo, Rio Grande do Norte e outras localidades.

Advogada com 14 mandados de prisão é presa em terminal de passageiros em Santana, AP

O modus operandi incluía o uso indevido de dados pessoais de terceiros, ingressando com ações de indenização por danos morais, principalmente contra bancos, operadoras de telefonia e instituições financeiras. Em alguns casos, prometia “limpar” o nome de pessoas negativadas.

As vítimas eram induzidas a preencher formulários, cujas informações eram repassadas ao grupo criminoso. O valor médio das causas girava em torno de R$ 5 mil, mas a soma total do esquema é estimada em montante milionário. Júlia Caparroz segue sob custódia e à disposição da Justiça.

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