A imagem de generosidade e luxo cultivada nas redes sociais por Venício Araújo Silva, de 26 anos, pode estar desmoronando. Conhecido na internet como “Vini Sheik” ou “O Generoso”, o influenciador digital foi preso em flagrante na noite deste domingo (18) por porte ilegal de arma de fogo, após uma denúncia anônima mobilizar policiais do Grupo Tático Aéreo (GTA).
Segundo o boletim de ocorrência ao qual o Portal Ney Pantaleão teve acesso, Vini seria suspeito de envolvimento com um esquema de compra e distribuição de armamento para uma facção criminosa com atuação no estado. Na delegacia, ele não quis falar sobre o assunto.
A PRISÃO
A ação teve início quando uma denúncia anônima comunicou a polícia sobre a presença de um homem armado circulando em um veículo de cor cinza. A equipe do GTA localizou o automóvel e efetuou a abordagem. Durante a revista, os policiais encontraram um revólver calibre .38 escondido no banco do passageiro.
Confrontado, o influenciador assumiu a posse da arma e revelou a existência de outra em sua residência. A guarnição se deslocou até o endereço indicado, e, com autorização da mãe de Vini, realizou uma busca no quarto do investigado, onde encontrou uma pistola 9mm e 27 munições intactas, configurando material bélico de uso restrito.
INVESTIGAÇÃO POR LIGAÇÃO COM FACÇÃO
O caso, que inicialmente poderia ser tratado como posse ilegal, ganhou contornos mais graves com a apuração para o tráfico de armas entre membros de facções no Amapá. Fontes ligadas à segurança pública revelaram à reportagem, sob sigilo, que Vini é monitorado há algum tempo. Há indícios de que o influenciador fazia doações filmando pessoas carentes como estratégia para ganhar apoio popular e desviar a atenção de suas movimentações suspeitas.
LIBERDADE PROVISÓRIA
Apesar da gravidade dos indícios, Vini Sheik foi liberado na manhã desta segunda-feira (19) após audiência de custódia. A decisão é do juiz José Castellões Menezes Neto, que concedeu liberdade provisória com medidas cautelares. Entre as restrições impostas, o investigado está proibido de se ausentar de Macapá por mais de oito dias sem autorização judicial, deve comparecer ao fórum a cada dois meses para informar endereço e atividade laboral, apresentando documentação comprobatória, além de se apresentar a todos os atos do processo quando intimado.
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