O Amapá anunciou nesta quarta-feira (17) sua estratégia estadual para combater a insegurança alimentar, por meio do programa “Amapá Sem Fome”. O secretário de Inclusão Socioeconômica (Sisec) do Ministério do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome (MDS), Luiz Carlos Everton, participou do lançamento, evidenciando a parceria entre os governos estadual e federal.
O “Amapá Sem Fome” está alinhado com as diretrizes do “Brasil Sem Fome”, iniciativa do Governo Federal, refletindo o compromisso do governo estadual em reduzir significativamente a fome na região. A secretária de Assistência Social, Aline Gurgel, ressaltou que o Amapá foi o primeiro estado a aderir ao Plano Brasil Sem Fome e que a estratégia estadual segue as diretrizes nacionais.
O programa estadual abrange diversas ações, incluindo o “Vale Gás Social” e o “Cartão Alimentação”. Este último consiste em um auxílio financeiro temporário destinado a famílias em situação de vulnerabilidade social, com foco na aquisição de alimentos ricos em proteínas, como carne e ovos, que não estão inclusos nas cestas básicas tradicionais. Aline Gurgel afirmou ao Portal Ney Pantaleão que essas medidas visam atender às necessidades específicas das famílias em situação de vulnerabilidade.
A iniciativa também engloba a implementação de restaurantes populares, que serão administrados pelo poder público e funcionarão em Macapá e Santana, atendendo a municípios com até 100 mil habitantes. Para os demais municípios, as Unidades Sociais Produtoras de Refeições, geridas pela sociedade civil, serão responsáveis por oferecer alimentação saudável a preços acessíveis.
Além disso, o “Amapá Sem Fome” inclui a distribuição de kits específicos para crianças de até seis anos, assegurando a nutrição desde a gestação até a primeira infância. Destaca-se ainda a criação do primeiro banco de alimentos do Norte, um espaço destinado a receber doações da iniciativa privada, como peixes apreendidos pela Polícia Militar. O objetivo é direcionar esses alimentos a quem precisa, evitando desperdício.
Com essa abordagem abrangente e coordenada, o Amapá visa enfrentar a insegurança alimentar de forma eficaz, alinhada às necessidades específicas de sua população. Entenda como funciona cada uma das sete políticas do programa Amapá Sem Fome:
Restaurante Popular e Unidades Sociais Produtoras de Refeições
A iniciativa busca oferecer locais que disponibilizem alimentação saudável e com preço acessível, a partir de processos seguros. Os Restaurantes Populares ficarão a cargo do poder público e, por terem a limitação de atender municípios com até 100 mil habitantes, funcionarão apenas em Macapá e Santana. As Unidades Sociais Produtoras de Refeições atenderão os outros municípios, por meio do trabalho da sociedade civil.
Vale Gás Social
A ação consiste no fornecimento de gás de cozinha a famílias em situação de pobreza, extrema pobreza ou socialmente vulneráveis. A inclusão das famílias no benefício obedecerá ao critério de avaliação social, com parecer técnico expedido pela Secretaria de Estado Assistência Social.
Kits de Alimentação
Outra política adotada dentro do Amapá Sem Fome é a distribuição de kits de alimentação diretamente para entidades que, por sua vez, entregarão os itens às famílias que necessitam. A medida oferece, ainda, kits específicos para crianças de até 6 anos, garantindo a nutrição desde a gestação até a primeira infância.
Banco de Alimentos
Faz parte da política contra a fome a criação do primeiro banco de alimentos do Norte do Brasil. Trata-se de um espaço para receber doações pela iniciativa privada e itens como peixes apreendidos pela Polícia Militar. O objetivo é destinar esses alimentos a quem precisa, evitando que eles sejam descartados ou estraguem.
Cartão Alimentação
É um auxílio financeiro temporário destinado a famílias em situação de vulnerabilidade social, com objetivo de adquirir alimentos ricos em proteínas, como carne e ovo, opções não incluídas nas cestas básicas.
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