Câmara vai criar CPI para investigar fraudes em licitações da saúde após operação da PF em obra do Hospital Geral Municipal de Macapá

A operação mira um núcleo acusado de desviar dinheiro público e que, segundo a PF, mantém ligações próximas com pessoas do círculo do prefeito de Macapá.

Ney Pantaleão
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A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (3), a primeira fase da Operação Paroxismo, em Macapá. A ação tem a intenção de aprofundar as investigações contra uma quadrilha suspeita de fraude em licitações, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro.

Segundo a PF, há fortes indícios de um esquema criminoso envolvendo agentes públicos, empresários e políticos, que direcionavam licitações e pagavam propinas ligadas ao projeto de engenharia e à execução das obras do Hospital Geral Municipal da capital.

CPI VAI INVESTIGAR
Diante das denúncias, a Câmara Municipal de Macapá deverá instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar possíveis irregularidades em processos licitatórios conduzidos pela Prefeitura de Macapá, por meio da Secretaria Municipal de Saúde. Além da construção do hospital, a CPI deve apurar suspeitas de desvio de verbas em contratos de pessoal, manutenção de veículos, ambulanchas e até do hospital municipal itinerante.

SACOLA COM R$ 9 MILHÕES
Na operação desta quarta-feira, a PF cumpriu 11 mandados de busca e apreensão em Macapá e dois em Belém (PA). Durante a ação, o empresário Rodrigo de Queiroz Moreira foi preso. De acordo com as investigações, ele teria sacado cerca de R$ 9 milhões em espécie e entregue o dinheiro ao motorista do prefeito Dr. Furlan, que teria recebido um saco com a quantia.

A operação mira um núcleo criminoso acusado de desviar recursos públicos e que, segundo a PF, mantém ligações próximas com pessoas do círculo político do prefeito da capital.

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