A Polícia Civil do Amapá está perto de esclarecer os detalhes por trás da execução do policial penal Estevão Carvalho da Trindade Júnior, morto a tiros na última quinta-feira (17). O crime, segundo a investigação, teria começado com um serviço de pedreiro que não foi feito e terminado com um assassinato encomendado de dentro do presídio.

ENTENDA O CASO
A vítima, Estevão Júnior, teria contratado um pedreiro — cujo nome será mantido em sigilo — e pago R$ 15 mil adiantado por uma obra. Como o serviço nunca foi feito, o policial começou a cobrar o dinheiro de volta. Com os atrasos e a insistência nas cobranças, o pedreiro se sentiu ameaçado e decidiu sair de casa por medo, indo se abrigar na casa da filha.

Foi aí que a situação tomou um rumo trágico. A filha do pedreiro contou o que estava acontecendo para o marido, que está há 13 anos preso no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), no pavilhão F2. Segundo a polícia, ele seria o mandante do crime. Os três foram presos, porém, soltos durante audiência de custódia.
MANDANTE DO CRIME
De dentro da prisão, o detento que cumpre pena por tráfico e homicídio teria ordenado a execução de Estevão. Ele teria cobrado essa “missão” de Markus Luan Silva Carvalho, de 19 anos, conhecido como “Meque”, em troca do perdão de uma dívida de R$ 8 mil que Markus tinha com ele, por ter perdido uma arma.

POLICIAL PENAL EXECUTADO
No dia 17 de julho, Markus Luan, o “Meque”, cumpriu a ordem e executou Estevão. A polícia já apreendeu os celulares de Markus, de Jefferson, da esposa e do sogro dele. Os investigadores acreditam que os aparelhos podem conter mensagens, áudios e outros registros que comprovem o motivo do crime e quem participou do plano.
ACESSO A INFORMAÇÕES
Além disso, os policiais que participaram da força-tarefa que prendeu o assassino — que contou em depoimento ter recebido ordem de um preso e avisou por mensagem que executou o crime — já pediram à Justiça a autorização para quebrar o sigilo telefônico dos envolvidos, incluindo o preso que mandou matar, a esposa e o sogro dele. Se a Justiça autorizar, será possível acessar mensagens e outros conteúdos, mesmo que já tenham sido apagados.

Essas informações serão fundamentais para concluir o inquérito e confirmar se, de fato, o assassinato do policial penal foi resultado de uma cobrança que terminou mal — e de uma decisão fatal tomada de dentro da cadeia.
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