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Homem é preso com arma ilegal durante operação da PF que investiga fraudes milionárias em licitações no Amapá

Ney Pantaleão
3 Min Read

Durante uma ação da Polícia Federal realizada na quinta-feira (17/07), que investiga um esquema de fraudes milionárias em licitações públicas inicialmente nos municípios de Macapá, Santana e Pedra Branca do Amapari, um homem acabou preso por porte ilegal de arma de fogo. Ele foi identificado como Aldenir Cardoso de Brito e, segundo a polícia, trabalhava como segurança particular — de forma clandestina — para um dos alvos da operação.

A prisão aconteceu em Santana, no bairro Fonte Nova, quando os agentes cumpriam um mandado de busca em um imóvel ligado a Manoel Pedro da Silva Júnior, conhecido como “Júnior Silva” ou “Soberano”. Ele é apontado como responsável pela empresa Soberano Construções, investigada por ganhar várias licitações públicas desde 2020 de forma suspeita, com indícios de combinação de resultados e favorecimento. A PF suspeita que a empresa seja apenas de fachada e nem tenha estrutura pra executar as obras.

Homem é preso com arma ilegal durante operação da PF que investiga fraudes milionárias em licitações no Amapá

Aldenir estava na entrada da casa quando foi abordado pelos policiais. Ao ser questionado, disse que trabalhava como segurança do local e entregou uma pistola calibre 380, da marca Taurus, com 16 munições. O problema é que a arma estava com a numeração raspada, o que já configura crime. Além disso, ele não tinha qualquer autorização legal para portar ou possuir arma de fogo. Aos policiais, Aldenir afirmou que a pistola pertencia ao seu patrão, o empresário Júnior Silva.

Aldenir foi levado para a sede da Superintendência da PF em Macapá, onde teve a prisão em flagrante registrada. No dia seguinte, o juiz José Castellões Menezes Neto homologou a prisão, mas concedeu liberdade provisória ao acusado. Ele vai responder ao processo em liberdade, mas com algumas condições: não pode sair da cidade por mais de 8 dias sem autorização da Justiça, precisa comparecer ao Fórum a cada dois meses e tem que atender a todos os chamados judiciais.

A prisão aconteceu dentro da Operação Radier, que apura a possível existência de uma organização criminosa atuando no setor da construção civil. O grupo é suspeito de fraudar licitações, praticar corrupção e falsidade ideológica para se beneficiar de recursos públicos. O inquérito que investiga o caso corre em segredo de Justiça desde 2023.

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