Durante uma ação da Polícia Federal realizada na quinta-feira (17/07), que investiga um esquema de fraudes milionárias em licitações públicas inicialmente nos municípios de Macapá, Santana e Pedra Branca do Amapari, um homem acabou preso por porte ilegal de arma de fogo. Ele foi identificado como Aldenir Cardoso de Brito e, segundo a polícia, trabalhava como segurança particular — de forma clandestina — para um dos alvos da operação.
A prisão aconteceu em Santana, no bairro Fonte Nova, quando os agentes cumpriam um mandado de busca em um imóvel ligado a Manoel Pedro da Silva Júnior, conhecido como “Júnior Silva” ou “Soberano”. Ele é apontado como responsável pela empresa Soberano Construções, investigada por ganhar várias licitações públicas desde 2020 de forma suspeita, com indícios de combinação de resultados e favorecimento. A PF suspeita que a empresa seja apenas de fachada e nem tenha estrutura pra executar as obras.
Aldenir estava na entrada da casa quando foi abordado pelos policiais. Ao ser questionado, disse que trabalhava como segurança do local e entregou uma pistola calibre 380, da marca Taurus, com 16 munições. O problema é que a arma estava com a numeração raspada, o que já configura crime. Além disso, ele não tinha qualquer autorização legal para portar ou possuir arma de fogo. Aos policiais, Aldenir afirmou que a pistola pertencia ao seu patrão, o empresário Júnior Silva.
Aldenir foi levado para a sede da Superintendência da PF em Macapá, onde teve a prisão em flagrante registrada. No dia seguinte, o juiz José Castellões Menezes Neto homologou a prisão, mas concedeu liberdade provisória ao acusado. Ele vai responder ao processo em liberdade, mas com algumas condições: não pode sair da cidade por mais de 8 dias sem autorização da Justiça, precisa comparecer ao Fórum a cada dois meses e tem que atender a todos os chamados judiciais.
A prisão aconteceu dentro da Operação Radier, que apura a possível existência de uma organização criminosa atuando no setor da construção civil. O grupo é suspeito de fraudar licitações, praticar corrupção e falsidade ideológica para se beneficiar de recursos públicos. O inquérito que investiga o caso corre em segredo de Justiça desde 2023.
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