O secretário municipal de Educação de Macapá, professor Madson Miller Rodrigues, pediu exoneração do cargo após vir à tona que a Secretaria alugou por R$ 300 mil ao ano — cerca de R$ 24 mil mensais — uma casa pertencente à sua própria tia, Marli Santana Rodrigues. O contrato seria para uso da Divisão de Material e Patrimônio da SEMED, mas o imóvel, localizado na Avenida Feliciano Coelho, no bairro Trem, está fechado, sem identificação oficial, e sem movimentação de servidores, segundo relatos de moradores.
A situação gerou forte repercussão e levantou suspeitas de favorecimento com dinheiro público. Na rede social pessoal, o agora ex-secretário afirmou ter deixado o cargo de forma “tranquila e com a consciência de dever cumprido”. No entanto, a decisão de sair veio justamente no momento em que vereadores já articulavam sua convocação para prestar esclarecimentos sobre o contrato, o que reforça o clima de desconfiança em torno do caso.
Além da falta de transparência no uso do imóvel, documentos visíveis do lado de dentro mostram papéis empilhados, sugerindo abandono ou uso irregular do espaço alugado. Questionado sobre o funcionamento do local, Madson garantiu que o espaço serve normalmente como anexo da secretaria. Mas a ausência de identificação no prédio e a aparente inatividade reforçam as dúvidas da população e dos parlamentares.
A contratação direta de imóvel pertencente a uma parente próxima, ainda que legalmente possível em certas condições, levanta suspeitas de conflito de interesses e má gestão do dinheiro público.
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