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Deputado Rayfran Beirão é alvo da PF em operação que apura esquema de “servidores fantasmas” na Assembleia do Amapá

O silêncio que costuma dominar os corredores do segundo andar da ALAP foi rompido com presença ostensiva de agentes da PF no gabinete do deputado.

Ney Pantaleão
3 Min Read

O silêncio que costuma dominar os corredores do segundo andar da Assembleia Legislativa do Amapá (ALAP) foi rompido na manhã desta terça-feira (13) pela presença ostensiva de agentes da Polícia Federal. A movimentação fazia parte da Operação Vinculum, que tem como principal alvo o deputado estadual Rayfran Beirão, filho da ex-deputada Raimunda Beirão e do ex-prefeito de Vitória do Jari, Luiz Beirão – duas figuras com longa trajetória na política amapaense.

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A operação, autorizada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP), é um desdobramento da Operação Pretium, deflagrada em março de 2023. As investigações da PF apontam a existência de um esquema criminoso envolvendo a nomeação de servidores fantasmas, que seriam forçados a devolver parte dos salários, supostamente utilizados para financiar a campanha eleitoral de 2022.

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ALVO DIRETO
O gabinete de Rayfran Beirão foi vasculhado por agentes federais. Diversos documentos e equipamentos foram apreendidos e levados para a sede da Polícia Federal, onde passam por análise. Além do gabinete, a residência do deputado e outros endereços ligados a ele e seus assessores também foram alvos de busca, incluindo imóveis localizados nos bairros Novo Buritizal e Pantanal, em Macapá.

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BLOQUEIO DE R$ 1,4 MILHÃO
Como parte das medidas determinadas pela Justiça Eleitoral, houve o bloqueio de valores em contas bancárias, aplicações financeiras e outros ativos em nome dos investigados, somando até R$ 1,4 milhão. A quantia é considerada compatível com os recursos que teriam sido desviados por meio das nomeações fraudulentas.

Deputado Rayfran Beirão é alvo da PF em operação que apura esquema de "servidores fantasmas" na Assembleia do Amapá

De acordo com a Polícia Federal, os “servidores fantasmas” não exerciam funções reais nos gabinetes e, em muitos casos, nem sequer compareciam à Assembleia. Ainda assim, recebiam salários normalmente e, sob coação, eram obrigados a repassar parte do dinheiro a terceiros — valores que teriam sido canalizados para uso pessoal e eleitoral.

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POSICIONAMENTOS
Procurada pelo Portal Ney Pantaleão, a assessoria do deputado Rayfran Beirão informou que ele ainda aguarda esclarecimentos oficiais sobre o teor da investigação, mas que está disponível para colaborar com a Justiça e responder a qualquer dúvida.

A Presidência da Assembleia Legislativa, atualmente sob o comando da deputada Alliny Serrão, divulgou uma nota pública destacando que a operação teve alvo específico e não compromete a gestão da Casa. “A ação foi pontual e atingiu apenas um gabinete parlamentar”, disse a nota. A presidência também reafirmou “compromisso com a transparência, legalidade e colaboração irrestrita com as autoridades competentes”.

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