A Comissão de Infraestrutura (CI) do Senado aprovou, na última terça-feira (12), um convite para que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, preste esclarecimentos sobre a possível criação de uma unidade de conservação marinha de 35 milhões de hectares. A iniciativa partiu do senador Lucas Barreto, que expressou preocupação com o impacto da medida.
Segundo Lucas, a área proposta abrangeria toda a margem equatorial do mar territorial brasileiro, desde a fronteira do Amapá com a Guiana Francesa até os Estados do Piauí e Ceará. Ele destacou que a criação dessa unidade de conservação está sendo discutida em parceria com o Instituto de Estudos Avançados da USP e o Centro de Biologia Marinha da USP, com apoio do Ministério do Meio Ambiente e outras agências federais e estaduais.
IMPACTO ECONÔMICO E ESTRATÉGICO
O senador chamou atenção para a sobreposição da área planejada com uma região rica em reservas de petróleo e gás, incluindo o pré-sal das costas do Amapá, Pará e Maranhão. “A nova unidade de conservação coincide com uma região de descobertas geológicas trilionárias. Trata-se de uma área estratégica, equivalente a oito vezes o território do Rio de Janeiro, que não podemos abrir mão de explorar”, afirmou Lucas.
CONVIDADOS PARA ESCLARECIMENTOS
Além da ministra Marina Silva, o requerimento do senador Barreto solicita a presença de outros representantes:
– Magda Chambriard, presidente da Petrobras;
– Marcos Olsen, almirante de esquadra e comandante da Marinha;
– Taisa Mendonça, secretária de Meio Ambiente do Amapá.
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