Em uma ação conjunta entre a Polícia Federal e a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/AP), foi deflagrada na manhã desta sexta-feira (20) a Operação Herodes, com o objetivo de desmantelar um esquema que une tráfico de drogas e o financiamento ilícito de uma campanha eleitoral em Macapá.
Durante a operação, foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão, além de 6 mandados de prisão preventiva, em diversas localidades de Macapá, incluindo os bairros Universidade, Congós, Santa Rita, Centro e o conjunto habitacional Macapaba, onde o principal alvo possui estabelecimentos comerciais e residência. Na cidade de Santana, a Polícia Federal também executou mandados judiciais relacionados à investigação.
CRIME ORGANIZADO E A POLÍTICA
O alvo central da operação é um homem de 36 anos, candidato à Câmara de Vereadores de Macapá, que está respondendo a processo devido a ligação com uma facção criminosa de grande atuação no estado. De acordo com a PF, essa facção estaria patrocinando a campanha do candidato, com o objetivo de infiltrá-lo na política local, permitindo que ele legislasse em favor dos interesses da organização criminosa.
CANDIDATO JÁ INVESTIGADO
As investigações apontam ainda que o candidato já foi alvo de uma operação anterior por envolvimento em um plano de fuga de membros da facção no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (IAPEN). Ele teria ajudado a forjar um laudo médico falso, possibilitando que um dos membros da facção obtivesse autorização para realizar tratamento domiciliar, facilitando assim sua fuga do sistema prisional.
AMEAÇA E COAÇÃO
Além disso, há denúncias de que os criminosos ligados à facção estão utilizando métodos de coação para garantir apoio ao candidato. Segundo relatos, moradores de áreas controladas pelo tráfico de drogas estariam sendo ameaçados para votar no nome indicado pela facção, sob o risco de represálias.
Os crimes investigados incluem coação eleitoral, compra de votos, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa. Caso sejam condenados, os envolvidos poderão enfrentar penas que, somadas, podem ultrapassar 40 anos de prisão, além do pagamento de multas.
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