Claudimiro da Costa Silva, um soldado da Polícia Militar de apenas 26 anos, foi preso na noite de quinta-feira (21) acusado de entregar uma arma desviada do quartel da PM para um suposto membro de uma organização criminosa. O caso ocorreu no município de Santana, a cerca de 17 quilômetros de Macapá, e foi resultado da “Operação Protetor”, conduzida pelo Grupo Tático Aéreo (GTA) e pela equipe de inteligência da Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Amapá (Sejusp).
A ação é fruto de investigação minuciosa, que começou com uma denúncia anônima indicando que “um membro de facção iria receber armas de fogo para efetuar ataques criminosos em Santana”. Com base nessa informação, as equipes do GTA e da Sejusp realizaram uma ação na Travessa Manoel Pastana, no bairro Nova Brasília, em Santana, onde Claudimiro foi preso em flagrante.
Durante a ação, os policiais apreenderam celulares, munições e duas armas de fogo. Além do soldado, Jhon Cleiton dos Santos Santos, de 31 anos, foi preso no local. Conhecido como “Jhon Jhon”, ele possui histórico criminal, incluindo roubo, violência contra a mulher e até exercício ilegal da advocacia dentro do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen).
O homem com histórico criminal confessou a polícia que comprou duas armas de fogo — uma Glock e uma PT638 — por R$ 7 mil, de um indivíduo desconhecido vindo do Oiapoque. As investigações sobre essa transação ainda estão em andamento.
POLICIAL PRESO
Claudimiro da Costa Silva ingressou na Polícia Militar do Amapá há cerca de 10 meses e concluiu sua formação em junho deste ano. Lotado no Batalhão de Policiamento Rural (BPRu), sua função era garantir a segurança em áreas rurais, um trabalho que exige disciplina e compromisso.
Em depoimento, o soldado afirmou que, embora tivesse porte de arma, não possuía cautela da referida arma e que cometeu o ato “por necessidade”. A justificativa vaga e pouco convincente pode levantar suspeitas sobre o ilícito com o crime organizado.
RECEPTOR DA ARMA
Jhon Cleiton dos Santos Santos, que recebeu a arma desviada, tem 31 anos e já respondeu por crimes, incluindo roubo e violência contra a mulher. Em um dos casos de roubo, “Jhon Jhon”, como é conhecido, teria atropelado uma pessoa.
Em janeiro de 2022, ele foi acusado de exercer ilegalmente a profissão de advogado dentro do Iapen, onde se passava por profissional sem possuir registro na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Apesar de denúncia, ele foi absolvido devido à inconsistência das provas apresentadas.
A Polícia Militar do Amapá ainda não se pronunciou publicamente sobre o caso. O Portal Ney Pantaleão está em contato com a defesa dos envolvidos mencionados na reportagem e atualizará as informações assim que houver retorno.
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