Um homem de 27 anos, já investigado por diversos crimes de estelionato, segue fazendo vítimas no Amapá. O acusado, cujo nome completo é mantido em sigilo para não atrapalhar as investigações, tem aplicado golpes prometendo vagas de emprego em troca de valores que variam entre R$ 1 mil e R$ 2.500.
Até o momento, quase 50 vítimas foram identificadas, porém, nem todas registraram boletim de ocorrência. Em um dos casos mais graves, uma jovem de 23 anos tentou suicídio após ser usada como isca para atrair outras vítimas interessadas nas falsas vagas de emprego.
O estelionatário já responde a outros processos pelo mesmo crime, enquadrado no artigo 171 do Código Penal.
MODUS OPERANDI
De acordo com os delegados responsáveis pelas investigações, o golpista oferece vagas fictícias nas mais diversas áreas, cobrando R$ 1 mil pela indicação e mais R$ 2.500 para garantir a vaga. As vítimas, muitas vezes desesperadas por uma oportunidade de trabalho, caíam no golpe acreditando que conseguiriam um emprego que, na verdade, não existia.
FALSO CONTRATO
Em março deste ano, uma jovem recebeu uma mensagem de uma amiga, informando sobre uma suposta vaga de trabalho no Estado, com contrato administrativo. A mensagem dizia que, ao pagar R$ 2.500, a jovem estaria empregada no dia seguinte. As conversas, trocadas via WhatsApp, foram anexadas em um dos processos.
FALSA INFLUÊNCIA
Segundo o Ministério Público, que já ofertou denuncia contra o golpista, o investigado trabalhava como maqueiro na UPA Zona Sul e foi identificado que ele não possuía nenhuma influência na Secretaria de Estado da Saúde (SESA). Apesar disso, vem conseguindo enganar diversas pessoas, utilizando sua falsa sensação de bem relacionado.
FALSO INVESTIGADOR DA POLÍCIA E TJAP
Em outra denúncia, o MP diz que o acusado se apresentou como policial civil e servidor do Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP). Ele cobrou R$ 300 de uma pessoa para realizar um serviço de “investigador particular”, alegando que o valor seria usado para localizar um homem que não havia pago por uma motocicleta. O golpista afirmou que usaria sua suposta influência para resolver o caso.
LEGALIZAÇÃO DE LOTE
O MP também relata outro caso, no qual o acusado se passou por um suposto primo chamado “Max”, que poderia regularizar um lote em nome de uma de suas vítimas. Ele recebeu quantias significativas de dinheiro em contas de terceiros, fazendo a vítima acreditar que estava pagando pelos serviços de regularização do terreno. O acusado foi ouvido, confessou o crime e afirmou que comprou um chip especificamente para aplicar o golpe. Ele responde ao processo em liberdade.
AÇÃO DAS AUTORIDADES
As autoridades continuam investigando os casos e alertam a população para que não caiam em promessas de vagas de emprego mediante pagamento. A colaboração das vítimas é essencial para que o acusado seja preso e para que novas fraudes sejam evitadas.
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