Na última quarta-feira (10), uma fiscalização do Conselho Regional de Medicina do Amapá (CRM-AP), em conjunto com a Delegacia Especializada em Crimes Contra o Consumidor (DECCON) e o Instituto de Defesa do Consumidor (Procon), revelou irregularidades no Hospital Marco Zero (antiga Unimed).
A inspeção buscou verificar o cumprimento de recomendações emitidas após uma fiscalização realizada no dia 3 de julho, que constatou desassistência de pacientes devido à falta de escalas de plantões diurnos, noturnos e de sobreaviso para o mês de julho, além da ausência de médicos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
PROBLEMAS PERSISTEM
Entre as irregularidades encontradas, destacam-se a necessidade de bombas de infusão para os cinco leitos da UTI, o funcionamento parcial da sala vermelha e a inatividade da sala vermelha da pediatria. Além disso, problemas como mofo e infiltrações não foram resolvidos.
NOTIFICAÇÃO E MEDIDAS
O CRM-AP notificará novamente a direção do Hospital Marco Zero, estabelecendo um prazo para a correção das inadequações. Segundo o órgão fiscalizador, foi constatado que a lista de médicos incluía três profissionais já falecidos – entre eles um médico e ex-conselheiro da autarquia.
Além disso, apenas seis médicos estavam disponíveis para cobrir as escalas de 30 dias nos prontos atendimentos adulto e pediátrico, bem como na UTI. A carga horária de um médico plantonista deve seguir o regimento interno da instituição, geralmente entre 6 e 12 horas, mas não deve exceder 24 horas ininterruptas.
MÉDICO SEM REGISTRO
A fiscalização também identificou um médico sem inscrição no CRM-AP, que foi orientado a regularizar sua situação em 24 horas com um CRM Provisório.
O QUE DIZ O HOSPITAL?
O Portal Ney Pantaleão entrou em contato com a ABM Saúde, empresa responsável pela administração do Hospital Marco Zero (antiga Unimed), que respondeu aos questionamentos feitos. Para mais informações, clique aqui.