‘Dadawson’ é condenado a 22 anos de prisão por duplo homicídio em Macapá

Familiares e amigos das vítimas, bem como a população de Macapá, aguardavam por um desfecho que trouxesse um senso de justiça para o trágico acontecimento.

Ney Pantaleão
5 Min Read
Fotos: Diário do Amapá e Portal Seles Nafes.

No início da madrugada desta terça-feira (4) foi concluído o julgamento do empresário Dawson da Rocha Ferreira, conhecido como ‘Dadawson’, que matou duas pessoas no trânsito ao dirigir um veículo BMW a mais de 180 km/h com visíveis sintomas de embriaguez. Ele foi considerado culpado pelo duplo homicídio dos trabalhadores Mickel da Silva Pinheiro e Rosineide Batista Aragão. A sentença foi proferida pela juíza Lívia Simone Freitas, titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Macapá, após uma sessão que teve início na manhã de segunda-feira (3).

RELEMBRE O CASO
O fato que chocou a cidade ocorreu no dia 15 de janeiro de 2021, na avenida Padre Júlio Maria Lombaerd, no bairro Santa Rita, em frente ao Clube Aerc. Naquela noite, Mickel, chefe de cozinha, e Rosineide, sua auxiliar, haviam acabado de sair do restaurante Confraria Semblano, onde trabalhavam. As vítimas estavam em um Celta quando foram atingidas pelo BMW conduzido por ‘Dadawson’, que estava em alta velocidade. Segundo o Ministério Público, o empresário dirigia a mais de 180 km/h e não conseguiu frear a tempo ao cruzar a rua Paraná, resultando na colisão fatal.

'Dadawson' é condenado a 22 anos de prisão por duplo homicídio em Macapá

MP E ACUSAÇÃO
Os advogados Renato Nery, Marcelino Freitas e Paulo Sá atuaram como assistentes de acusação, colaborando com o Ministério Público do Amapá, na busca por justiça no caso de Dawson da Rocha Ferreira. Graças à atuação conjunta, conseguiram a condenação do empresário pelo duplo homicídio de dois trabalhadores em um violento acidente de trânsito ocorrido em janeiro de 2021, em Macapá.

'Dadawson' é condenado a 22 anos de prisão por duplo homicídio em Macapá


CONDENAÇÃO

A juíza Lívia Simone Freitas sentenciou Dawson Ferreira a 22 anos de prisão em regime inicialmente fechado. Além disso, ele foi condenado pelos crimes de embriaguez ao volante e dirigir sem Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A sentença também determina que Dawson não poderá obter uma CNH por pelo menos dois anos. Foi negado ao réu o direito de recorrer em liberdade, e ele foi imediatamente para a carceragem do fórum e pela manhã levado para a audiência de custódia, de onde seguirá direto para o Instituto de Administração Penitenciária (Iapen).

'Dadawson' é condenado a 22 anos de prisão por duplo homicídio em Macapá

CARRO DESTRUÍDO
A magistrada também determinou que o carro importado dirigido pelo empresário na ocasião da colisão mortal seja destruído. A decisão busca evitar que o veículo, símbolo do trágico acidente, volte a circular.

'Dadawson' é condenado a 22 anos de prisão por duplo homicídio em Macapá

ANTECEDENTES E CONSEQUÊNCIAS
O julgamento do motorista da BMW branca teve grande repercussão, sendo um dos casos mais comentados no âmbito judicial e policial. Em janeiro de 2024, na esfera cível, a juíza Liége Gomes, da 1ª Vara Cível e de Fazenda Pública de Macapá, já havia condenado Dawson Ferreira a indenizar os filhos de uma das vítimas por danos morais e materiais, entretanto, ele alegou que não dispõe de recursos.

REPERCUSSÃO
A condenação de Dawson Ferreira é vista como um marco importante na luta por justiça e segurança no trânsito. A alta velocidade e a imprudência ao volante, combinadas com a embriaguez, resultaram na perda de duas vidas, deixando um alerta para a sociedade sobre as consequências devastadoras do desrespeito às leis de trânsito. Familiares e amigos das vítimas, bem como a população de Macapá, aguardavam ansiosamente por um desfecho que trouxesse um senso de justiça para o trágico acontecimento. A decisão da juíza Lívia Simone Freitas foi recebida com alívio e um sentimento de justiça, embora nada possa trazer de volta as vidas perdidas.

CONCLUSÃO
O caso de Dawson Ferreira serve como um triste lembrete dos perigos da imprudência no trânsito. A sentença de 22 anos de prisão reflete a gravidade dos crimes cometidos e a necessidade de responsabilização pelos atos. A destruição do veículo utilizado no crime simboliza um encerramento desse capítulo trágico, com a esperança de que medidas rigorosas como essa possam prevenir futuros incidentes e salvar vidas.

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