Nesta segunda-feira, 1º, a Assembleia Legislativa do Amapá (Alap) foi palco do evento “Conexão e Compreensão: Juntos pelo Autismo”, organizado pelo mandato do deputado estadual Júnior Favacho (MDB), que inaugurou o calendário de atividades do “Abril Azul”, mês de conscientização sobre o Autismo. O evento teve como objetivo principal debater políticas públicas destinadas a atender pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Durante o evento, profissionais, especialistas e familiares de pessoas com TEA se reuniram para discutir estratégias e soluções que promovam a inclusão e melhorem a qualidade de vida dos autistas. Além das palestras ministradas por pessoas diretamente ligadas à causa, a programação também incluiu uma grande mesa redonda com a participação de mães atípicas que compartilharam seus desafios e dificuldades em lidar com o transtorno.
Júnior Favacho destacou a relevância do evento e o compromisso de seu mandato com a causa: “É fundamental unirmos esforços para garantir que as políticas públicas atendam adequadamente às necessidades das pessoas com autismo. Nosso mandato está sempre empenhado em contribuir para a melhoria do atendimento a essas famílias, buscando formas de promover o diagnóstico precoce e aprimorar os serviços oferecidos”.
O parlamentar também mencionou que o mandato dele destinou uma emenda impositiva para o projeto “TEAtendemos”, da Prefeitura de Macapá (PMM), e que pretende agilizar a atual fila de espera no atendimento para pacientes que aguardam a emissão de laudo para Transtorno do Espectro Autista na rede municipal de saúde.
A professora Sânzia Fernandes, que possui uma série de estudos sobre educação especial, palestrou sobre os desafios da educação para pessoas dentro do espectro autista. Na opinião dela, o evento é importante para qualificar o debate sobre o tema no estado. “O deputado Júnior Favacho está de parabéns por iniciar os debates do “Abril Azul” já no dia primeiro, trazendo profissionais, mães e crianças para debater a inclusão”, disse.
Quem corroborou com essa opinião foi a neuropsicopedagoga Francilene Vaz, que tem um currículo extenso no ativismo em defesa das pessoas portadoras do transtorno. Ela, que se descobriu autista aos 38 anos e é mãe de crianças com TEA, afirmou que a discussão sobre o assunto é sempre necessária, independentemente do momento em que ocorra. “Eu sempre fui autista, e ter um encontro dentro da Casa de Leis que proporciona esse debate, essa discussão e essa troca de experiências é muito importante e dá visibilidade à nossa causa”.
Já Larice Furtado, também mãe de autistas, aproveitou o debate para falar sobre as dificuldades encontradas para que as crianças diagnosticadas com TEA tenham atendimento por parte do sistema público de saúde. “Hoje em dia, não basta ter um laudo. Muitas crianças esperam meses pelo atendimento de uma fonoaudióloga ou de um terapeuta ocupacional, e muitas das mães encontram dificuldades para garantir esse acompanhamento para seus filhos. Agradeço muito pelo espaço neste evento, porque ele abrirá possibilidades para que outras pessoas entendam o que é o autismo e percebam que o poder público precisa atender melhor essas famílias”.
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