Advogado é preso por facilitar comunicação de facção criminosa no Amapá; entenda o caso

Segundo a PF, o advogado repassava ordens durante as visitas, garantindo a continuidade das operações da facção mesmo com seus líderes presos.

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Na manhã desta sexta-feira (21), a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Amapá (Ficco), com apoio da Polícia Civil, deflagrou a Operação Columba, resultando na prisão do advogado Jean Augusto de Oliveira Martel.

Ele é suspeito de atuar como intermediário de comunicação entre os líderes de uma facção originária do Amapá, considerada uma das mais violentas da região.

O Portal Ney Pantaleão obteve, com exclusividade, trechos das conversas extraídas do celular do advogado, autorizadas pela Justiça.

Segundo a PF, o advogado repassa informações dos líderes presos para membros da facção em liberdade.

As investigações indicam que Martel facilitava a troca de informações entre os chefes do grupo criminoso, incluindo um que está preso em um presídio de segurança máxima.

De acordo com a Polícia Federal (PF), o advogado utilizava suas visitas para repassar ordens, permitindo que a organização continuasse operando mesmo com seus principais líderes presos. O esquema veio à tona após a apreensão de documentos em março de 2024, que revelaram detalhes da comunicação interna da facção.

MAIS DE R$ 3 MILHÕES
Além de seu papel como “pombo-correio” da facção, Martel é suspeito de envolvimento em lavagem de dinheiro. Segundo a investigação, ele teria movimentado mais de R$ 3 milhões para a organização criminosa, o que reforça sua participação ativa nas atividades ilícitas do grupo.

SALA DE ESTADO MAIOR
Após a prisão, o operador do direito foi encaminhado para audiência de custódia e a Comissão de Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Amapá (OAB/AP) solicitou que o advogado fosse recolhido a uma Sala de Estado Maior, garantindo instalações adequadas e compatíveis com sua condição profissional. Enquanto ele permanece à disposição da Justiça, a polícia continua as investigações para identificar outros possíveis envolvidos no esquema criminoso.

O Portal NP busca contato com a defesa do advogado para obter sua versão sobre a prisão, mas ainda não obteve resposta. Conforme o princípio do contraditório e da ampla defesa, este espaço permanece aberto para eventual manifestação.

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