Facção criminosa do RJ financiava campanhas de candidatos a vereador em Oiapoque (AP), aponta investigação da PF

Foram apreendidos cerca de R$ 130 mil, quantia que, segundo a PF, seria utilizada para a compra de votos e financiamento das campanhas eleitorais.

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Na manhã desta quarta-feira (1º), a Polícia Federal deflagrou duas operações simultâneas no município de Oiapoque, distante 590 km de Macapá, com o objetivo de desarticular um suposto esquema criminoso envolvendo o financiamento eleitoral de candidatos a vereador. A investigação aponta que uma facção criminosa do Rio de Janeiro estaria por trás do financiamento, usando recursos oriundos do tráfico de drogas e da compra de votos para garantir a eleição de políticos que favoreceriam seus interesses ilegais na região.

Entre os alvos da operação estão os candidatos Jonas Arraia e Naldinho Frota, ambos com histórico criminal. Durante as ações policiais, foram apreendidos quase R$ 130 mil, valor que, segundo a PF, teria sido destinado à compra de votos e financiamento das campanhas. As investigações revelam que a facção tinha interesse em eleger representantes que facilitariam a distribuição de drogas e armamentos para os garimpos do norte do Amapá, consolidando seu domínio sobre as atividades ilícitas na região.

QUEM É JONAS ARRAIA?
Jonas Lobato Costa, conhecido como “Jonas Arraia”, é ex-detento do sistema prisional e tem passagens pela polícia pelos crimes de tráfico de drogas. Ele já foi flagrado portando substâncias como cocaína, maconha e LSD. Anteriormente, era conhecido como “Ferrugem”, e é considerado um velho conhecido das forças de segurança por seu envolvimento em práticas criminosas.

QUEM É NALDINHO FROTA?
Elinaldo Costa Barrozo Frota, conhecido como “Naldinho Frota”, também tem histórico criminosa e responde a um processo de receptação de produtos roubados. Ambos os candidatos têm relações com crimes, segundo a investigação policial.

Candidato Naldinho durante campanha no bairro Infraero. Foto: arquivo pessoal.

REFORÇO NO COMBATE AO CRIME ORGANIZADO
As operações em Oiapoque fazem parte de uma série de ações coordenadas pelas autoridades federais e estaduais para combater a crescente influência do crime organizado no Amapá. Nos últimos anos, a presença de facções criminosas no estado tem se tornado mais evidente, especialmente em áreas vulneráveis como a fronteira com a Guiana Francesa e os garimpos ilegais.

De acordo com a Polícia Federal, os candidatos envolvidos podem responder pelos crimes de corrupção eleitoral e organização criminosa. Se condenados, as penas podem variar de até 12 anos de prisão, além de multa.

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