Criminosos usavam perfis falsos de mulheres para pedir ‘nudes’ e extorquir vítimas; R$ 250 mil foram apreendidos

Conhecido como ‘sextorsão’, esse crime envolve a ameaça de divulgação de imagens íntimas

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Fotos: Força Tarefa de Segurança Pública

Uma operação liderada pela Força Tarefa de Segurança Pública no Amapá teve como alvo um grupo de criminosos que utiliza perfis falsos nas redes sociais para aplicar o conhecido “golpe do nudes” e extorquir dinheiro de suas vítimas. Esses criminosos agem de dentro da cadeia, fazendo-se passar por mulheres e iniciando conversas com suas vítimas escolhidas nas redes sociais, trocando fotos e simulando a troca de mensagens eróticas com a intenção de praticar a extorsão.

Conhecido como ‘sextorsão’, esse crime envolve a ameaça de divulgação de imagens íntimas para forçar alguém a fazer algo, seja por vingança, humilhação ou extorsão financeira. A Força Tarefa de Segurança Pública cumpre quatro mandados de apreensão nos bairros Congós, Jardim Felicidade e em uma cela do Pavilhão F1 do Iapen, em Macapá.

Segundo a Polícia Federal, foi possível identificar que um único aparelho celular era compartilhado por diversos detentos do mesmo pavilhão para a prática dos crimes. Eles utilizavam nomes falsos para entrar em contato com as vítimas e, em seguida, se passavam por parentes ou policiais para pedirem dinheiro sob a condição de não revelar as fotos íntimas. A ação é desdobramento de uma ação que tem por objetivo combater o crime organizado.

O Portal Ney Pantaleão apurou que, entre as vítimas deste grupo criminosos, estão advogados, jornalistas, empresários, autônomos, funcionários públicos, dentre outros, que viraram alvos dos criminosos. Durante o cumprimento de um mandado no bairro Jardim Felicidade, um dos alvos tentou fugir pulando o muro da residência, mas foi capturado e preso. Na busca, foram encontradas drogas na casa dele. O indivíduo já possuía antecedentes por tráfico de drogas.

Além disso, a equipe da Força Tarefa conseguiu apreender uma quantia significativa de R$ 250 mil em dinheiro vivo no bairro Novo Buritizal. O montante foi compreendido e levado para a Superintendência da Polícia Federal. Na busca realizada dentro do Instituto de Administração Penitenciária foram encontrados três celulares que possivelmente eram usados para a prática dos crimes.

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Polícia apreendeu R$ 250 mil em dinheiro vivo

‘SEXTORSÃO’
De acordo com a psicóloga e diretora da ONG Safernet, Juliana Cunha, a exposição a esse tipo de situação causa constrangimento e pode levar a quadros de ansiedade, levando muitas vítimas a ceder às ameaças. “É um tipo de impacto que ninguém quer que a família saiba ou que isso chegue no trabalho. Então claro que todo mundo fica receoso e preocupado com isso”, afirma.

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