A mulher que se passava por médica foi escalada pela Prefeitura de Santana para trabalhar e atender pacientes três vezes por semana, nas segundas, quartas e sextas-feiras na Unidade Básica de Saúde de Santana, em uma comunidade do Distrito de Anauerapucu, na segunda maior cidade do Estado. Durante este período de ‘atendimentos’, ela recebeu mais de 70 pacientes, conforme registros de evolução clínica.
Samantha Valéria Costa, de 26 anos, foi alvo de denúncia pelo Conselho Regional de Medicina, que provocou o Ministério Público do Amapá, pela prática do exercício ilegal da profissão. Ela não tem graduação em medicina e registro profissional na área saúde. A ‘Doutora Fake’ escolheu aleatoriamente um número e usou este como registro do CRM.
Embora tenha apresentado diploma falsificado de uma instituição do estado do Ceará durante o processo de contratação, ela foi admitida no serviço público e vacinada – burlando a fila de prioridade – porque trabalharia na linha de frente no combate à pandemia do novo coronavírus. Em sua defesa, os advogados argumentaram que ela fazia uso de medicamentos psiquiátricos. O certo é que a falsa atuação dela colocou em risco a saúde e a segurança de muitas pessoas.
A ‘doutora fake’ foi condenada pela 2ª Vara Criminal de Santana a prestar serviços comunitários por sete horas por semana, o que equivale a uma hora de trabalho por dia, em um local a ser determinado pela Justiça. Além disso, foi ordenada a pagar R$ 3.960,00 a uma entidade pública ou privada com fins sociais.